Era uma vez...



O texto abaixo é um trecho da matéria "Era uma vez ..." da jornalista Caroline Rizzi, traz uma entrevista comigo e com outro profissional sobre a importância das fábulas no desenvolvimento infantil. A matéria foi publicada na Revista Regional de Outubro/09

A simples atitude de ler ou contar histórias para os filhos desde pequenos é essencial para o bom desenvolvimento intelectual e emocional deles Era uma vez uma princesa chamada Cinderela, que, mesmo sofrendo com as maldades cometidas por sua madrasta e suas irmãs, descobriu que os sonhos podiam se tornar realidade se ela acreditasse que assim seria. Não muito longe dali, Chapeuzinho Vermelho, uma menina meiga e inocente, aprendia a lição de que não devia confiar em estranhos depois de ser enganada por um lobo mau. Enquanto isso, no âmbito mais rústico de uma floresta, Tarzan dava um verdadeiro exemplo de como o homem pode viver em harmonia com a natureza.

Pode parecer apenas fantasia, mas histórias como essas representam um papel importantíssimo para a sociedade que vai muito além do que simplesmente fazer criança pegar no sono. Quem afirma é Fátima Repanas, terapeuta floral, que tem especialização em comportamento humano. Ela acredita que os contos e as fábulas podem influenciar na formação do caráter de uma pessoa. “Uma criança absorve tudo o que vê e escuta como seus reais valores. Como nestas narrativas se destacam o amor, a lealdade, amizade, caridade e até mesmo humildade, ela assimila isso tudo de uma forma divertida e colorida como algo que quer ter para si”, explica.
E Fátima não é a única a pensar desta maneira. Mário Battisti, terapeuta ocupacional há 23 anos, defende que a educação pela palavra é um fundamento da vida humana. “Ao contarmos uma fábula para uma criança estamos propondo, além do desenvolvimento do vocabulário, o enriquecimento do universo interior, uma vez que, por meio de personagens, encontramos vários feixes alternativos de ação que nascem para fazer frente às barreiras que a peripécia da história apresenta”, complementa.

Em outras palavras, as histórias também podem ser tomadas como estímulos para a superação de dificuldades que surgem durante a infância. Um caso específico é o enfrentamento dos medos, tanto os comuns como aqueles que ultrapassam os limites da normalidade, gerando traumas. A terapeuta floral retoma a tese da associação que a criança faz com determinados enredos para mostrar que, conhecendo estas histórias, terá em mente que por mais problemas por quais esteja passando, haverá uma recompensa no final de tudo: a felicidade. Para Battisti, a ajuda nestes casos está principalmente no fato de que as fábulas podem dar mais fluidez ao pensamento de quem obteve o trauma. Pensamento este que, antes, havia se tornado repetitivo em razão do sofrimento.

Proporcionar a imersão no mundo dos contos pode ser, ainda, uma alternativa de tratamento para crianças com padrões hiperativos. Fátima Repanas revela que nestes casos a contação de histórias é como um treino para o aprendizado de escutar e alcançar, posteriormente, o prazer do conhecimento. Mas o terapeuta ocupacional faz a ressalva de que é preciso ter cuidado com a entonação da voz e com os estímulos visuais que são ofertados. “Essa atividade, portanto, deve ser orientada por profissionais capacitados. Ao contrário, ela pode se tornar gatilho do comportamento hipercinético e da mudança do foco de atenção”, alerta Battisti.
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Novamente na Balada, e agora?




“Não fico triste quando escuto você me dizendo que nada mudou. O que mudou apenas foi a minha presença que virou ausência na tua lembrança”


Aconteceu! O amor da sua vida, ou melhor, o amor que você acreditava ser o amor da sua vida foi embora. Você o procura, mas o encontra somente nas lembranças. Você está sozinha(o)! Na sua frente uma estrada que te leva somente a dois caminhos, ou você se entrega a dor ou você reage e nasce de novo.

Vamos percorrer pela estrada do renascer. Começar de novo. Nascer de um luto terrível que é o final de um amor.
São novos amigos, novas atitudes, valores que tem que ser mexidos, lugares diferentes, enfim, é como entrar sozinha em uma mata fechada e escura, armada apenas de coragem e ir desbravando, abrindo caminho, deixando a luz entrar e não mais que de repente o que era desconhecido e te dava até certo medo ...

Você se vê ali no meio. Você olha em volta e vê pessoas ao seu redor. O lugar é totalmente novo e ...Todos te conhecem, foi até você quem indicou o lugar para ir. Você corre para o banheiro, procura desesperadamente um espelho para olhar e assustada(o) pergunta. “Mas quem sou eu?”

Você tem segundos intermináveis para descobrir que aquela pessoa no espelho do banheiro daquele lugar com toda aquela gente é você. Descobre até que ficou mais bonita(o), a pele está ótima, o celular toca e você não tem a mínima ideia de quem seja. Um contato novo de repente, e toca de novo e mais um contato. Você fala um monte, combina um montão de encontros e quando finalmente você sai do banheiro daquele lugar lotado de gente, você tem uma grande certeza, é isso ai, você está na balada e está arrasando!

O celular não para, você nunca mais passou um sábado em casa na frente da TV com um imenso saco de pipocas, um chocolate ou uma cerveja. Você dorme pouco, mas a cara está ótima, não tem a mínima ideia porque todo mundo queria que o Raj ficasse com a Maya. Afinal quem são esses?

Pois é, a tempestade passou! Tudo bem que tem o famoso “bode’ de domingo e quando você para um pouco para pensar descobre que o que você sente não é a gastrite, mas um oco no peito, estômago, sei lá. Um buraco dentro do próprio ser, é como uma fome eterna, um saco sem fundo, enfim, você sente isso só quando para e pensa em você, em si mesma (o). a gastrite ou o que quer que seja só vem forte quando você está sozinha(o), então ...

De volta pra balada! Afinal você é um sobrevivente, quando o amor se foi, o barco afundou e você que estava no meio do mar só com uma bóia furada, agora está em uma lancha super veloz. É isso, velocidade, tudo passa rápido, as pessoas, os amores, os momentos, enfim isso já se tornou normal. A “gastrite emocional” passou a conviver com você de uma maneira pacífica e você só sente pena de si mesmo quando chove.

Você começa a prestar mais atenção em tudo, começa a aprender mais sobre você mesma(o), conviver com você mesma acabou virando um prazer, seleciona melhor as baladas, descobre que um sábado em casa não vai te matar.

O celular continua tocando, mas não é sempre que você atende. O conceito de super balada pode se resumir em um encontro regado com chopp com amigos antigos, com novos amigos, enfim, você finalmente se dá conta que pode fazer a espera do “amar de novo” algo prazeiroso.

A velocidade diminui, você não precisa mais NÃO PENSAR, você até gosta de ficar um pouco na sua, ouvir você mesma, imaginar situações...

Sim, de novo na balada, na balada da vida, você sabe que ser feliz não é privilégio de poucos, procura ser feliz a cada momento e se sentir vencedora das bênçãos da vida, saber que amar e ser amado é muito bom, mas a espera não precisa ser sofrida, lacrimejante ou melancólica.

Ande na roda gigante, vá na montanha russa, pule de body jump, enfim, quando o amor chegar ele não vai encontrar alguém para salvar e sim vai encontrar alguém para somar.