Novamente na Balada, e agora?




“Não fico triste quando escuto você me dizendo que nada mudou. O que mudou apenas foi a minha presença que virou ausência na tua lembrança”


Aconteceu! O amor da sua vida, ou melhor, o amor que você acreditava ser o amor da sua vida foi embora. Você o procura, mas o encontra somente nas lembranças. Você está sozinha(o)! Na sua frente uma estrada que te leva somente a dois caminhos, ou você se entrega a dor ou você reage e nasce de novo.

Vamos percorrer pela estrada do renascer. Começar de novo. Nascer de um luto terrível que é o final de um amor.
São novos amigos, novas atitudes, valores que tem que ser mexidos, lugares diferentes, enfim, é como entrar sozinha em uma mata fechada e escura, armada apenas de coragem e ir desbravando, abrindo caminho, deixando a luz entrar e não mais que de repente o que era desconhecido e te dava até certo medo ...

Você se vê ali no meio. Você olha em volta e vê pessoas ao seu redor. O lugar é totalmente novo e ...Todos te conhecem, foi até você quem indicou o lugar para ir. Você corre para o banheiro, procura desesperadamente um espelho para olhar e assustada(o) pergunta. “Mas quem sou eu?”

Você tem segundos intermináveis para descobrir que aquela pessoa no espelho do banheiro daquele lugar com toda aquela gente é você. Descobre até que ficou mais bonita(o), a pele está ótima, o celular toca e você não tem a mínima ideia de quem seja. Um contato novo de repente, e toca de novo e mais um contato. Você fala um monte, combina um montão de encontros e quando finalmente você sai do banheiro daquele lugar lotado de gente, você tem uma grande certeza, é isso ai, você está na balada e está arrasando!

O celular não para, você nunca mais passou um sábado em casa na frente da TV com um imenso saco de pipocas, um chocolate ou uma cerveja. Você dorme pouco, mas a cara está ótima, não tem a mínima ideia porque todo mundo queria que o Raj ficasse com a Maya. Afinal quem são esses?

Pois é, a tempestade passou! Tudo bem que tem o famoso “bode’ de domingo e quando você para um pouco para pensar descobre que o que você sente não é a gastrite, mas um oco no peito, estômago, sei lá. Um buraco dentro do próprio ser, é como uma fome eterna, um saco sem fundo, enfim, você sente isso só quando para e pensa em você, em si mesma (o). a gastrite ou o que quer que seja só vem forte quando você está sozinha(o), então ...

De volta pra balada! Afinal você é um sobrevivente, quando o amor se foi, o barco afundou e você que estava no meio do mar só com uma bóia furada, agora está em uma lancha super veloz. É isso, velocidade, tudo passa rápido, as pessoas, os amores, os momentos, enfim isso já se tornou normal. A “gastrite emocional” passou a conviver com você de uma maneira pacífica e você só sente pena de si mesmo quando chove.

Você começa a prestar mais atenção em tudo, começa a aprender mais sobre você mesma(o), conviver com você mesma acabou virando um prazer, seleciona melhor as baladas, descobre que um sábado em casa não vai te matar.

O celular continua tocando, mas não é sempre que você atende. O conceito de super balada pode se resumir em um encontro regado com chopp com amigos antigos, com novos amigos, enfim, você finalmente se dá conta que pode fazer a espera do “amar de novo” algo prazeiroso.

A velocidade diminui, você não precisa mais NÃO PENSAR, você até gosta de ficar um pouco na sua, ouvir você mesma, imaginar situações...

Sim, de novo na balada, na balada da vida, você sabe que ser feliz não é privilégio de poucos, procura ser feliz a cada momento e se sentir vencedora das bênçãos da vida, saber que amar e ser amado é muito bom, mas a espera não precisa ser sofrida, lacrimejante ou melancólica.

Ande na roda gigante, vá na montanha russa, pule de body jump, enfim, quando o amor chegar ele não vai encontrar alguém para salvar e sim vai encontrar alguém para somar.

Um comentário:

  1. È exatamente isso, de novo na balada não é um bicho de sete cabeças; é uma fase nova, diferente e interessante...

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